quarta-feira, julho 11, 2007

Acontece!

[Toca o telefone]

Sente um frio na barriga, assustadoramente familiar. “Mas uma voz estranha não deveria causar tanto nervosismo”, pensou ele. Bom, tanto ela causou que foi apavorante a maneira como disse um simples “alô”. A conversa tem muitas pausas. Estão nervosos. Ainda não se encontraram e esse se torna o primeiro passo para dar início a um provável relacionamento.

-cinco meses depois-

[Toca o telefone]

Falam-se por 50 minutos a cada ligação, no mínino. Estão em sintonia. A conversa é sempre boa, o assunto nunca morre. Pensam que têm algo em comum em suas vidas. Estão felizes. Acham que se conhecem muito bem. A relação está cada dia melhor, “estamos numa fase de amadurecimento”, dizem eles.

-dez meses depois-

[Toca o telefone]

A conversa acaba sendo rápida. Encontra uma forma de terminar mais depressa a conversa, diz que precisa fazer uns favores pra mãe e que está de saída. Pede pra ligar mais tarde. Ele se sente mal ao fazer isso, foi a primeira vez, mas imagina isso como um estresse momentâneo, nada mais grave. Pela noite, ele mesmo liga. Desculpa-se por não ter dado atenção devida naquela hora. Fica, então, tudo subjetivamente entendido.

-quinze meses depois-

[Toca o telefone]

A conversa não é das melhores. Na noite passada ele resolveu não atender ao telefone e nem procurou desculpas coerentes para isso. Disse apenas que não estava em casa, saiu com amigos e esqueceu o celular no carro de um deles. As coisas não ficam resolvidas. Deixa muitas interrogações a respeito dessa saída. Marcam de se encontrar e falar sobre isso pessoalmente.

-dezoito meses depois -

[Toca o telefone]

– Alô, quem fala?

– Gostaria de falar com quem?

– Com o Victor, por favor!

– Aqui não é mais o número dele.

– Ah, desculpa!

domingo, julho 08, 2007

Little Children

Meus olhos afiados disparam na sua direção, é impossível resistir. E nem me importo com a paralisia momentânea que você me causa, simplesmente permito que você seja parte do meu desejo. Pensamentos profanos. Quero, enfim, um dia acordar e, bem perto de você, apenas dizer “bom dia!”.



Quando escrevi esse texto, ainda não havia assistido a esse filme de narrativa e atuações espetaculares. E, bem, pra mim ele é quase um pensamento da personagem de Kate Winslet. Chega próximo ao desejo que permaneceu incubado alimentando suas fantasias durante certo tempo dessa surpreendente história.

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De agora em diante, prometo que estarei sempre atualizando meu blog, mesmo que as coisas que eu tenha que escrever não sejam interessantes pra você ler!